terça-feira, 14 de junho de 2011

Mar da Vida

200421716-001, Marcelo Santos /Stone+
E de fato nossa vida é como um mar.
Agita-se na hora exata e quieta-se na hora certa.
Em tempos de calmaria é possível ouvir a brisa o tocando, gaivotas a voar e um grande sorriso estampado nos lábios. Na calmaria brisa leve leva os sonhos, água gélida em nossas pés, areia molhada a se sentir. Em tempos de calmaria há felicidade incontida, brilho nos olhos, riso fácil e coração leve. Em tempos de calmaria os barcos navegam sem pudor, sem medo e sem dor. Os barcos, as pessoas, gostam de estar junto, gostam de estar perto , gostam de presenciar. Em tempos de calmaria o tempo não passa, o sol e a lua são um só; em tempos de calmaria até Deus para e admira o mar.
Mas como a vida tem seus dias de turbulência, tempestades fortes. No meio do mar pescadores entram em desespero a procura de terra firme, uns ainda se arriscam outros recuam. Ao céu nuvens pesadas e sombrias que as vezes parecem não querer ir embora; trovões e raios estrondosos que por muitas vezes nos fazem ensurdecer. Em tempos de turbulência o mar se agita em um rebuliço sem fim; os corais gritam pois sabem que algo está acontecendo. Em tempos de turbulência ondas quilométricas e perturbadoras nos assustam e nos levam ao fundo dos oceanos; parece que esta tempestade nunca tem fim. Em tempos de turbulência até Deus para e admira o mar.
Eu estou aprendendo, aprendendo a nadar no mar da vida, a não me afogar diante as ondas que me submergem. Eu estou aprendendo, aprendendo a nadar, aprendendo a ficar no barco quando preciso e ir pescar quando puder. Eu estou aprendendo, estou aprendendo a viver.

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