Cantora, bailarina, atriz, veterinária, vendedora de picolé, artista, caminhoneira, médica, secretária, mecânica...grande. Essa seria minha resposta há 10 anos. Quando somos crianças tudo é tão fácil, as coisas mais simples e bobas como uma pipa no céu se tornam as coisas mais mágicas e sobrenaturais do mundo; e outra coisa que parece ser fácil quando se é criança é escolher uma profissão. Tem aquelas profissões clichês que toda criança quer como por exemplo, veterinária, tem aquelas radicais e um pouco absurdas como, presidente e astronauta; ainda há de vir aquelas mais simples como uma secretária. Analisando todo esse leque de ideias que um dia em minhas mãos estavam, percebi que para criança tudo se torna mais fácil e simples porque elas simplesmente sonham. Sonhar, ao contrário do que muitos pensam, não é viver em um mundo imaginário de ilusões, sonhar é ter metas e objetivos algumas vezes concretos e outras vezes abstratos que dão um sabor especial as nossas vidas.
Voltando a ideia principal, de fato, é muito difícil escolher uma profissão quando se deixa de ser criança, porque agora não somos mais movidos por palhaços, bolas, bonecas, chicletes, balas e sorrisos. Agora temos nossos próprios conflitos e às vezes até antecipamos problemas pelos quais não deveríamos nos preocupar neste momento. Somos influenciados diariamente pelo anseio de almejar status, capital e aquisição financeira; e neste “mundo” de influências de opiniões capitalistas, esquecemos dos nossos sonhos, dos nossos projetos e desejos. Todos sabemos que amor não enche barriga, mas será mesmo que vale à pena se sacrificar em algo que não gosta apenas por ambição?! Hoje em dia a palavra foi hipocritamente substituída por sobreviver, mas esquecem que o sobreviver vai muito mais além do que ter dinheiro, vai de estar feliz, de ser feliz.
Tenho uma opinião concreta e bem formada a respeito disso tudo, sei que dinheiro é fundamental, mas não é o mais importante; e tenho plena consciência de que qualquer coisa que eu fizer desde varrer uma rua até dirigir uma empresa, se eu fizer bem feito, unirei o útil com o agradável e poderei ser feliz e ter uma profissão estável. Estabilidade. Uma palavra que está com toda a certeza na minha mente, irei em busca desta, pois sou sonhadora sim, mas ainda mantenho meus pés no chão e sei que no mundo de hoje estabilidade profissional é quase como abandono de um fardo.
Esta semana uma colega me disse que desistiu de cursar medicina porque sabia que não iria passar, que é muito difícil, que demora muito pra ganhar dinheiro... blá blá blá. Desculpas para mascarar o seu sonho. Na hora não disse nada, mas depois pensei bem sobre o que ela havia dito; o que define afinal a capacidade e a incapacidade de alguém conseguir algo? O difícil e o fácil não é relativo? Creio eu que, TODOS são capazes, desde que se esforcem e não esperem que nada caia do céu. Nada vem sem esforço, nada vem sem sacrifício, ninguém pode definir o que você vai querer ser e o que você pode ou não fazer a não ser você mesmo,e vamos ser sinceros, quem quer faz, quem não quer arruma uma desculpa.
Uma pergunta retórica e particular: “O que eu quero ser quando crescer?”
Eu quero concretizar todos os meus sonhos e não deixar de sonhar; a medida que vou conquistando-os, vou também criando outros. Sei que se tenho capacidade para sonhá-los também tenho para realizá-los. Quanto a minha profissão, ainda tenho pontos a decidir, mas sei que seja lá o que eu for fazer, quero que seja algo que me deixe feliz e que me faça acordar toda as manhãs radiante, algo que não seja egoísta e que me possibilite ajudar os outros. Para resumir tudo, quero fazer algo que lá na frente me deixe gratificada, que eu olhe pra trás e veja que participei da construção de algo,algo que ficou nos alicerces da história não com nome e títulos, mas com que eu sei fazer de melhor; porque a maior tristeza da vida é chegar perto da morte e saber que não se fez nada que contribuísse e fosse de fato útil ao mundo.
E você, o que quer ser quando crescer?
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