domingo, 17 de julho de 2011

Desordem e Regresso


"Num país com tanta ignorância,
Sabemos que o futuro são nossas crianças.
Ou pelo menos deveriam ser,
Nessa desordem e regresso, tudo pode acontecer.
Crianças sem incentivo, sem motivo.
Esperando o pai voltar com o leite e o pão,
Enquanto os corruptos folheiam dólares nas mãos.

O contraste social é bem visível.
Nas ruas do Rio, mendigo se torna invisível.
Numa desigualdade que parece irreversível.
Que hipocrisia, ordem da onde?!
Num país onde cidadãos se escondem...
Progresso? Que excesso! Só consigo ver regresso...

Senhor que sujeira...
Lavagem de dinheiro, desviado pra uma carteira
Estamos vendo, que meleca!
É melhor que desviar pra uma cueca...
Nessa desordem e roubalheira, só consigo ver sujeira.
Dinheiro? Que desperdício,
Nem todos sabem o que é isso.

Uma bala perdida, num carro blindado, não faz efeito.
Mas num homem comum, o estrago é perfeito.
Brasileiro é forte, mas não tem peito de aço
Temos que levantar e conquistar nosso espaço.

Sabemos que a justiça não é forte,
E vivemos a temer a morte.
Ouviram do Ipiranga,
Gritos de uma mãe que chora ao ver seu filho inocente morrer.
O brilho do céu da pátria nessa hora eu queria ver...
O filho dessa mãe gentil, pediu socorro e ninguém ouviu."


                                                             Autora: Jéssica M. da Silva Ignácio

E eu completo ...
Hoje o Brasil chora, chora o sonho acabado, chora as oportunidades perdidas, chora a corrupção, chora a violência.
Hoje o Brasil chora, chora de dor, chora de angústia e chora de medo.
Hoje o Brasil chora, chora por toda lavagem de almas e corações, chora os sonhos acabados e os pesadelos iniciados.
Hoje o povo chora, chora a fome, chora a miséria, chora o sofrimento, chora a desigualdade, chora a perseguição, chora o desemprego, chora a deslealdade.
Hoje o povo chora, a ilusão, tanta armação; chora a marginalidade, chora a vergonha, chora por caridade.
Hoje o povo chora, chora em busca de uma mão, alguém que lhes dê o pão.
Mais que vergonha! O gigante adormecido acorda na hora errada, os portugueses já se foram, mas aqui deixaram descendentes que nem são da mesma raça; mas que vergonha de todo esse descaso, de todo esse maltrato. Subdesenvolvido industrializado, até quando não mais se conformará em ser apenas um "quase lá?" Mais que vergonha! Uma política de plagio onde poucos tem muito e muitos não tem nada.
Hoje choramos. Lágrimas verdes e amarelas que não almejam um país perfeito, mas ao menos, se for possível um país digno.

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