domingo, 7 de agosto de 2011
Pesadelo
Pesadelo. Isso tudo deveria ser um pesadelo, daqueles que você acorda no meio da noite sem fôlego e com o coração na boca; daqueles que você foge mas sempre te acham, daqueles em que você nunca consegue gritar. Daqueles que não importa o quão ruim ou perverso seja, você sabe que nunca passará de mais um pesadelo, mais uma armadilha de sua mente.
Mas tudo isso ta muito real, acredite, eu já me belisquei mas continuo acordada. O nome do meu pesadelo é realidade, pois é, esta mesma que insiste em me acordar todos os dias, esta mesma que joga em minha cara a todo instante que não te tenho mais. A realidade está me obrigando a me privar, me limitar e a me definir; eu quero fugir, quero fugir um pouco de mim. Parar de pensar nas complicações, nas condições e argumentações; viver um pouco e deixar de lado a opinião alheia, sair do pesadelo da realidade que me empurra e me faz lutar com sentimentos tão ruins, sentimentos tão desconfortantes. Alguns involuntários, outros desprezíveis, mas que estão causando um grande estrago, um grande vazio, um grande espaço...
Pena não conseguirmos controlar nossos sentimentos, aquilo que queremos que sempre diverge do que sentimos, aquilo que sentimos que sempre diverge do que se deve fazer. Neste pesadelo o simples não é mais simples, o óbvio tá complicado e o clichê ta totalmente inusitado; o mundo ta girando ao contrário e estou vendo tudo fora de órbita, cada detalhe ta valendo muito e o tempo está regendo toda situação.
O problema não é esperar o pesadelo acabar, não é aguardar o acordar em um salavanco e esquecer tudo; o problema está em suportar, suportar a perda, suportar a falta, a distância, as intrigas do meu eu e as discussões interiores.
Enquanto isso estou aqui, no papel de mulher maravilha esperando apenas uma válvula de escape para tudo isso terminar e por fim, acordar.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário